Panfleto e curiosidades sobre a Catalepsia



Com esta doença decidimos entregar alguns panfletos explicando as ideias principais desta patologia e dando algumas curiosidades:

No passado já houve casos de pessoas que foram enterradas vivas, pensando-se que a pessoa morrera, quando na verdade estavam a passar por um ataque de Catalepsia.

Muitos especialistas afirmam que actualmente isso não é possível acontecer, pois existem equipamentos tecnológicos que, correctamente utilizados, não falham ao definir os sinais vitais e permitem testar o óbito com precisão.

O que é a Catalepsia e o que acontece durante um ataque desta perturbação



A catalepsia é uma doença rara, em que os membros se tornam moles, não havendo contracções, embora os músculos se apresentem mais ou menos rígidos. É um estado de plasticidade motora no qual o indivíduo conserva as posições que lhe são dadas, ou seja, os músculos tornam-se como que mecânicos, podendo o indivíduo permanecer nesta situação várias horas.

Esta doença é caracterizada por uma perturbação psicomotora que consiste ne cessação brusca dos movimentos voluntários, sem que haja lesão dos músculos. É caracterizada também pela manutenção da atitude ou posição em que se encontrava a pessoa no momento do ataque.

Durante a perturbação o doente preserva o uso perfeito das faculdades, da percepção e da inteligência, mas permanece impossibilitado de responder às questões que lhe são feitas.

A Catalepsia pode ser observada, sobretudo, na demência precoce e no sono hipnótico.

Um dos maiores problemas ligados a esta patlogia é o facto de o paciente no decorrer de uma crise não conseguir controlar os músculos envolventes da bexiga e do intestino grosso, deixando que se "escapem" excrementos e urina.

Entrevista a Silvia Almeida sobre doentes de Alzheimer



A entrevista foi realizada no centro de dia da ARCOR (Associação Cultural e Recreativa de Óis da Ribeira) e foi bastante importante para o desenvolvimento do nosso trabalho, visto que além de nos permitir adquirir informação prática sobre a doença, pudemos estar em contacto com o próprio doente.

Nesta entrevista encontra-se também um doente de Alzheimer, que teve de permanecer na mesma sala para que fosse vigiado a todo o momento, visto ser ele um dos casos numa fase mais avançada, ja com tentativas de fuga e mesmo até de tentativa de agressão.

Um dia a não esquecer...

Conselhos para um cuidador de doentes de Alzheimer

O estado mental do cuidador pode também sofrer alterações e, como tal, para além de ser cuidador, tem de se cuidar a si próprio. Aqui ficam alguns conselhos para eles:

- Manter o contacto com familiares, amigos e com o mundo exterior, assegurando que tem com quem falar acerca das suas emoções e necessidades e se for preciso, pedir-lhes ajuda;

- Visitar regularmente um médico, para verificar a sua própria saúde, já que em presenças de condições muito adversas pode adquirir uma depressão;

- Tentar arranjar tempo para tratar das suas necessidades pessoais sem sentimentos de culpa por deixar o doente;

- Pode ser útil aliviar a sua própria tensão, por isso, caso precise, deve deixar os seus sentimentos vir ao de cima (chorar ou gritar), mas nunca na presença do doente;

- Saiba que, apesar da pessoa portadora da doença poder ter momentos lúcidos, este são provocadas pela doença e infelizmente não significa que a pessoa melhorou subitamente.

O que devem fazer os cuidadores de doentes de Alzheimer?

Os cuidadores de doentes de Alzheimer, devem fazer de tudo para que o doente se sinta bem, para que sinta que está a ser tratado tal como antes, mas isso não implica que não possam fazer algo que contribua para que a vida do doente seja melhorada.

Como tal, devem tentar, entre outras coisas, ter sempre uma fotografia actualizada do doente, para o caso de ele ter uma crise e fugir; tentar que ele faça exercício regularmente para que os músculos não atrofiem; reforçar a segurança doméstica para evitar acidentes (como colocar dispositivos tipo corrimão); ajudá-lo a manter as aptidões criando-lhe exercícios mentais; tentar escolher roupas com aberturas largas no pescoço e com fechos éclair em vez de botões; e, se for necessário, colocar rótulos nas gavetas para o doente não se desorientar.

No caso dos comportamentos mentais, nem sempre é fácil lidar com eles mas, sobretudo, os cuidadores devem ter calma e nunca aplicar castigos nem repreender. Se estes agirem de forma errada, podem provocar um maior receio, confusão ou, até mesmo, o suicídio do doente. Caso algo corra mal, o cuidador só tem de tentar distrair o doente, transmitindo-lhe confiança pois, por mais agressivo ou embaraçoso que o comportamento possa ser, este é provocado pela doença e não pela pessoa em si.

Como é feito o tratamento de um doente de Alzheimer?



Para esta demência não existe um tratamento curativo, mas existem medicamentos que podem ajudar a retardar a evolução da doença e a aliviar os seus sintomas, assim como existem livros que ajudam a perceber a melhor maneira de ajudar o doente ao longo da sua vida.
Assim, à medida que os familiares conhecem melhor o problema, vários recursos e estratégias podem ser utilizadas. É igualmente importante que o cuidador saiba que nenhum doente é intratável e que existe sempre algo a que se pode fazer.

O cuidador precisa de uma grande disponibilidade de tempo e de afecto para dar ao doente, principalmente quando este se torna totalmente dependente e, por isso, é importante que possua conhecimentos, que receba formação e, por vezes, algum apoio psicológico.

Como é feito o diagnóstico do Alzheimer?

A doença de Alzheimer não tem nenhum teste específico que permita o diagnóstico exacto, pois este só é feito através de um exame do tecido cerebral por biopsia ou uma autópsia para observarem as lesões características.

Assim, o diagnóstico é feito excluindo outras doenças que possam ter sintomas semelhantes, tendo cerca de 90% de certeza pois os médicos testam capacidades cognitivas (como a memória, linguagem…) e usam a imagiologia cerebral fazendo ressonâncias magnéticas, TAC´s, entre outros.

Existem três possibilidades de diagnóstico: o possível - onde existe uma segunda doença que não é considerada a causa da demência mas que interfira no diagnóstico; o provável - onde essa segunda doença já não existe; e o definitivo - feito apenas através da biopsia ou depois da morte do doente.

Depois do diagnóstico feito, existem pessoas que consideram que não se deve comunicar ao doente a sua doença, pois muitas vezes eles não se encontram conscientes nem se apercebem que têm um problema e quando tal lhes é comunicado podem sentir-se deprimidos. Porém, se estes compreenderem a doença que têm, podem tirar partido disso, pois podem tentar preparar o seu acompanhamento ao longo da vida em questões financeiras, ou até decidir doar o seu tecido cerebral para ser investigado após a sua morte.

As 3 fases da doença "Alzheimer"


Existem três fases da doença, cada uma com as suas características específicas e outras que se vão agravando de fase para fase:

1. Fase:

- Distracção;
- Dificuldade de lembrar nomes e/ou palavras;
- Esquecimento crescente;
- Dificuldade para aprender novas informações;
- Desorientação em ambientes familiares;
- Alterações da personalidade e do senso crítico;
- Alguma dificuldade em acções mais complexas como cozinhar, fazer compras, etc.

2. Fase:

- Dificuldade em reconhecer familiares e amigos;
- Perder-se em ambientes conhecidos;
- Alucinações, delírios e incontinência;
- Mais alterações de comportamento: frustração, impaciência, inquietação, agressão verbal e física;
- Dificuldades com a fala e a comunicação;
- Distúrbios do sono;
- Problemas com acções diárias;
- Dependência progressiva;
- Inicio de dificuldades motoras.

3. Fase:

- Imobilidade crescente tendendo a ficar mais tempo sentado;
- Fala monossilábica, com tendência para desaparecer;
- Delírios e alucinações maiores;
- Transtornos emocionais e comportamentais;
- Perda completa do controlo da bexiga;
- Endurecimento das articulações;
- Dificuldade para engolir alimentos, evoluindo para o uso de uma sonda;
- Morte.

Alzheimer, o que é e qual a sua origem

Alzheimer é um tipo de demência devido à morte de células cerebrais, que vai acontecendo lenta e progressivamente ao longo da vida e é caracterizado principalmente pela perda progressiva da memória e da orientação no tempo e no espaço.

O termo Alzheimer deriva do nome do Dr. Eduard Alzheimer, um médico alemão que, em 1901, durante o 37º Congresso do Sudoeste da Alemanha de Psiquiatria apresenta uma conferência designada “Sobre uma Enfermidade Específica do Córtex Cerebral”, onde relata os sintomas, as alterações de comportamento e a incapacidade para as actividades diárias de uma paciente sua. Em 1910, é o Dr. Emil Kraepelin que no seu “Manual de Psiquiatria” descreveu as descobertas desta doença, dando-lhe o nome de Alzheimer.

A origem desta doença ainda não é conhecida, mas aceita-se que possa ser uma doença geneticamente determinada mas não necessariamente hereditária. Para além desta, existem outras teorias que tentam explicar a sua origem, baseando-se em dados que não se encontram devidamente provados. Exemplo disso é uma dessas teorias apresentar que:
- Quanto mais avançada a idade, mais probabilidades há de a doença existir;
- Existe uma probabilidade acrescida de os fetos de mães com mais de 40 anos virem a ter a doença ou nos idosos que sofreram traumatismos cranianos graves;
- O nível de escolaridade da pessoa também pode influenciar o aparecimento do alzheimer.

Dia Mundial do Doente



11 de Fevereiro

Folheto da Dislexia